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Web e e-commerce

Atualizado: 2 de set. de 2023




Para trabalhar com a internet é importante entender sobre o seu funcionamento, este artigo traz conceitos e informação sobre a web e um dos modelos mais difundidos da internet, o e-commerce.


A internet é um conglomerado de computadores ligados em uma rede mundial, o nome Internet provém de Inter que quer dizer Internacional ou mundial, e net que significa rede, sua principal função é o compartilhamento de informações em qualquer lugar com acesso no mundo.


A criação da internet se deu em 1969 com o nome de ARPANET, após alguns anos surgiu a world wide web. Esta também conhecida como web é um ambiente virtual, pois não existe fisicamente, e possui conteúdo digital que fica armazenado em hardwares, o nome web em inglês “teia ou rede”, refere-se a uma analogia em que vários pontos são conectados e interconectados, na internet, no entanto há a possibilidade de navegação entre estes pontos, de forma não linear (LAQUEY e RYER, 1994).


Mapa geográfico da ARPANET de 1969 à 1982
Mapa geográfico da ARPANET de 1969 à 1982



Web


A web é uma tecnologia que não possui proprietário, pois é construída com base no compartilhamento de informações, estas informações ficam contidas em endereços chamados de sites, e estes por sua vez são formados por “páginas”, que também é uma analogia às páginas impressas, o conceito de páginas na web porém não se relaciona exatamente com o conceito impresso, pois no meio digital as páginas podem ser constantemente mutáveis, em tamanho, forma e conteúdo (RADFAHRER, 2000).


Os conteúdos digitais podem apresentar-se de inúmeras maneiras, como textos, imagens, sons e multimídia, estes dados são distribuídos por meio de servidores online onde geram uma grande quantidade de dados que formam a World Wide Web, criada em 1989 pelo cientista inglês Tim Berners-Lee (LAQUEY e RYER, 1994).


Cientista inglês Tim Berners-Lee
Cientista inglês Tim Berners-Lee


A web utiliza o conceito de “navegação”, pois se pode acessar informações em um espaço virtual de forma não linear através de hipertextos, os hipertextos são grandes conteúdos de informação que possuem “links”, que são ligações a outros conteúdos relacionados ou não. Para navegar na web é necessário possuir um navegador, em inglês “browser”, que é um programa que permite a localização dos endereços na web e a interpretação das linguagens contidas no endereço (RADFAHRER, 2000).


Documentos conectados por hypertextos
Documentos conectados por hypertextos

É fundamental compreender o que são websites, eles são conteúdos digitais armazenados em algum computador no mundo, e disponibilizam informações. Os “sites” ou sítio em português podem ser encontrados por um endereço eletrônico.


Para que um site esteja online é necessário um ecossistema de tecnologia, onde é preciso um computador carregado com os dados do site online, este hardware que disponibiliza o site na internet chama-se servidor, cada servidor possui um endereço para que possa ser localizado na web, que é a Unique Resource Locator (URL), porém a URL é constituída de quatro algarismos divididos por pontos de 0.0.0.0 a 255.255.255.255, então para facilitar a localização do endereço foi criado o sistema de domínios também chamados de nomes únicos que estão ligados a URL, o formato de domínio pode variar bastante, mas um padrão comum é o endereço.com ou www.endereco.com.br (RADFAHRER, 2000).


Ainda neste contexto do ecossistema, existem várias particularidades que estão em constante mudança devido as evoluções tecnológicas, uma delas são os Browsers ou Navegadores que são os mais populares softwares necessários para navegar nos domínios da web, o funcionamento do software baseia-se em procurar um endereço e transmitir os hipertextos, esta funcionalidade aparece ao acessar um endereço, e então é possível verificar que antes do domínio surge a sigla http (hyper transfer protocol) (RADFAHRER, 2000).


Por existirem diversos navegadores, é um importante fator a análise destes quando se pensa em projetar websites, pois eles possuem formas distintas de interpretarem as páginas online baseadas em linguagens de marcação chamadas de html (hypertext mark-up language) e as folhas de estilo em cascata, css (Cascading Style Sheet).


A linguagem de marcação e as folhas de estilo em cascata definem por exemplo cores, formas, fontes apresentação de imagens, e toda a estruturação do site, portanto é necessário muitas vezes inúmeros testes do site em vários navegadores a fim de que as páginas adequem-se aos browsers. Além destas particularidades existem os plug-ins que são softwares que auxiliam o navegador, deve-se tomar cuidado ao projetar sites que necessitam de plug-ins pois caso estes não estejam instalados ou o hardware não suportá-los, as páginas não serão carregadas de modo satisfatório e a navegação será comprometida, os plug-ins mais comuns são os que permitem visualização de vídeos e animações.


Para Laquey e C. Ryer (1994, pag. 21) “a Internet permite que você tenha acesso a um número maior de pessoas e a um volume maior de informações mais rapidamente do que você é capaz de imaginar.”, porém para acessar os sites na internet é necessário possuir um hardware funcional, como um computador ou celular, um navegador e acesso à internet. Este acesso pode ocorrer de modo satisfatório ou não, pois é necessário que o hardware se comunique com dados que não são locais, ou seja, caso a conexão não seja satisfatória a navegação será comprometida, com esta ótica deve-se compreender que para quem se está projetando um site, e como e onde as pessoas acessarão o conteúdo, pois caso os dados contidos no endereço não sejam compatíveis com o software, hardware ou qualidade de acesso à internet a navegação será comprometida neste endereço.




E-commerce


As evoluções tecnológicas possibilitaram computadores mais rápidos, dispositivos móveis com conexão à internet e o acesso destas tecnologias a milhares de pessoas, a inserção da web trouxe mudanças significativas nos serviços online, e cada vez mais usuários passaram a familiarizar-se com o comércio na internet, o e-commerce (comércio eletrônico), neste contexto tornou-se um negócio lucrativo e gerou empresários bilionários, no entanto o comércio online contém particularidades distintas que são de fundamental compreensão para quem for trabalhar neste contexto.


Para Smith, Speaker e Thompson (2000, p. 73) “e-commerce é derivado do termo comércio eletrônico; i-commerce é derivado do termo comércio da internet.” Esta diferença ocorre porque o comércio eletrônico abrange não só a internet mas toda operação comercial realizada a partir de aparelhos eletrônicos como geração de extratos e faturas por dispositivos bancários, o i-commerce por sua vez é uma parte do e-commerce, já que se insere dentro do conjunto de aplicações eletrônicas.


O e-commerce permite a construção de uma empresa com menos custos e algumas vantagens, como a possibilidade de atingir um mercado com milhões de pessoas em todo o mundo, reestruturação da empresa de forma mais rápida e a possibilidade de atingir mercados ainda pouco explorados. Apesar das inúmeras vantagens do comércio eletrônico muitas empresas desapareceram rapidamente e faliram, isto porque é necessário manter um ciclo avaliativo e de atualização constante na empresa visto que a velocidade das transformações no mundo digital são grandes.


E-bay, um dos maiores e-commerces do mundo
E-bay, um dos maiores e-commerces do mundo

De acordo com Smith, Speaker e Thompson (2000), algo de fundamental no e-commerce é o tráfego, pois o número de visitas no site gera renda independentemente da venda de produtos ou serviços, ou seja é necessário que as pessoas tenham o interesse de trafegarem continuamente e que assim receitas sejam geradas através de anúncios, esta é uma forma de manter os negócios sustentáveis, pois este lucro servirá para cobrir as perdas, manter o negócio competitivo e com as ações em alta.


Manter um e-commerce exige equipes multidisciplinares onde estes possam acompanhar as mudanças tecnológicas e o mercado, um exemplo disso é compreender onde investir o capital. Se o mercado de usuários de smartphones crescer ao ponto de estes passarem a comprar direto pelo dispositivo móvel por exemplo, é estratégico investir neste nicho ou não? Estas questões devem estar em constantes avaliações, assim como os padrões de navegação web, navegadores, linguagens de marcação e programação, segurança, economia, etc.




Cases de sucesso com e-commerce


A Amazon, empresa norte americana fundada por Jeff Bezos, iniciou suas atividades em 1995 com o objetivo de vender livros online, na época muitos investidores acreditavam ser um negócio inviável e sonhador, pois não existiam compradores na internet em massa e acreditava-se que as pessoas não iriam comprar em uma loja que não se pudesse visitar fisicamente e assim seria muito difícil conseguir a confiança dos consumidores em um comércio virtual.


Início da empresa amazon.com
Início da empresa amazon.com


Bezos soube aproveitar as conhecidas vantagens do comércio off-line e multiplicou forças com os recursos online, como possibilidade de oferecer vasta variedade sem que ocupasse espaço físico, economia de recursos e rapidez na atualização dos sistemas, assim a empresa foi criando uma vasta linha de produtos que são vendidos em um complexo “ecossistema”.


A Amazon possui parcerias com fornecedores e editoras por exemplo e então consegue obter milhões de títulos e entrega-los aos consumidores com rapidez e a preços acessíveis, entre outras estratégias a Amazon disponibiliza muitos detalhes sobre cada um de seus produtos e exibe comentários das pessoas acerca do que é vendido.


As avaliações dos consumidores são fundamentais, pois as pessoas em muitos casos confiam mais na opinião de outros usuários e passam a utilizar o e-commerce como consulta de opiniões e a partir das opiniões muitos acabam por comprar direto da Amazon.


Com essa estratégia o endereço virtual passou a ser o maior varejista online e também uma fonte de consulta de recomendações. Em 2019 a Amazon passou a ser a marca mais valiosa do mundo, ultrapassando gigantes como Apple e Google. De acordo com o ranking BrandZ, desenvolvido pela agência de pesquisa de marketing Kantar, empresa vale US$ 315,5 bilhões, o equivalente a mais de R$ 1,2 trilhão (TechTudo 2019).


Outro caso de sucesso no mercado de nicho é a empresa Brasileira Jovem Nerd que lançou seu embrião em 2002 por Alexandre Ottoni (conhecido como Alotonni), com um blog que posteriormente viria a ser o portal Jovem Nerd.


Página do Jovem Nerd
Página do Jovem Nerd

De acordo com Sabatini (2011) Ottoni percebeu que através do blog que continha conteúdo do gosto dos nerds, poderia monetizar o serviço, e então posteriormente juntou-se a Deive Pazos (conhecido como Azaghâl), para que transformarem a criação em um negócio. O Jovem Nerd passou a ser um case de sucesso fornecendo aos usuários conteúdo de nicho como podcasts com temas geeks, materiais cômicos e produtos como canecas, camisetas e até livros da própria editora, a Nerdstore. Focando nesse nicho o Jovem Nerd busca conhecer a cultura de seus clientes afim de fornecer produtos e serviços que contagiem seus clientes.


Em 2021, a gigante do e-commerce brasileiro, Magalu comprou a Jovem Nerd que possui 5,5 milhões de inscritos em seus canais no Youtube e programas que já superaram a marca de 1 bilhão de visualizações (Exame, 2021).




Referências


Exame, 2021: <https://exame.com/negocios/por-que-o-magalu-comprou-o-jovem-nerd-e-para-onde-vai-a-varejista/>


LAQUEY, Tracy e C. RYER, Jeanne. O manual da internet – Um guia introdutório para acesso às redes globais. Rio de Janeiro: Campus, 1994.


RADFAHRER, Luli. Design/ Web/ Design 2. Rio de Janeiro: MarketPress, 2001.


SMITH, Rob; SPEAKER , Mark; THOMPSON, Mark. O mais completo guia sobre e-commerce. São Paulo: Futura, 2000.


TechTudo 2019: <https://www.techtudo.com.br/listas/2019/06/amazon-e-a-marca-mais-valiosa-do-mundo-veja-oito-curiosidades-sobre-a-empresa.ghtml>

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